Os equinodermos
Os
equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma: pele)
constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de um
endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas vezes provido de
espinhos salientes, que justificam o nome zoológico do grupo.
Embora
não seja uma coluna vertebral, ele é importante na sustentação do corpo, pois
é bem desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar,
os pepinos-do-mar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.
O
tamanho dos equinodermos varia bastante; o diâmetro da estrela-do-mar, por
exemplo, medido de uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns
centímetros a até um metro, dependendo da espécie.
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![]() Estrela-do-mar |
Características dos equinodermos
Uma das
características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo
sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero ou ambulacrário
(do latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a
locomoção, respiração, circulação, excreção e até mesmo com a percepção do
animal.
Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.
Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.

Digestão
Os
equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por
exemplo é carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e
eficientes. O sistema digestório contém apenas boca, estômago, intestinos e
ânus. Mas o estômago só esta presente no corpo dos equinodermos carnívoros,
possuindo glândulas que produzem substâncias digestivas.
A
estrela-do-mar alimenta-se principalmente de pequenos moluscos, como mariscos.
Com os seus pequenos pés, a estrela do mar força a abertura das conchas das
ostras, em seguida vira o seu próprio estômago do avesso e lança um suco
digestivo dentro das conchas. Depois, é só engolir a massa, isto é, o corpo do
molusco já digerido. Essa é, portanto, uma digestão extracorpórea.
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Ouriço-do-mar
O
ouriço-do-mar que se alimenta de algas - tem o aparelho bucal com
"dentes" constituídos de substâncias rígidas. Com esses
"dentes", ele raspa as algas presas nas rochas. Esse aparelho bucal
dos ouriços recebe o nome de lanterna-de-aristóteles.
Excreção
A
eliminação de excretas é facilitada pelo sistema ambulacrário, pelo qual
circula a água no corpo dos equinodermos.
Respiração
A
respiração - isto é, a troca gasosa - é realizada por minúsculas brânquias,
próximas à boca, e também por toda a extensão dos pés ambulacrários, pelos
quais circula a água.
Circulação
Há um
líquido incolor que circula pelos canais, localizados ao longo de todo o
corpo desses animais. Esse líquido realiza uma tarefa semelhante à do sangue
no nosso corpo, ou seja, transportar substâncias para todo o corpo.
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![]() Lírio-do-mar |
Reprodução
Sexuada
Os
equinodermos realizam reprodução sexuada, isto é, reprodução com a participação
de gametas. Eles possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água.
Seu desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens
com forma própria.
![]() Pepino-do-mar |
Regeneração
Quando
a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma nova cauda,
regenerando-se. Isso também acontece quando uma estrela-do-mar perde um dos
braços.
Esse
fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma vantagem para esses
animais, que, quando atacados ou em iminente perigo, "entregam"
parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder.
Se o
disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se
locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo
de regeneração através de divisões celulares. O pepino-do-mar, em situação
extrema de perigo, deixa parte de suas vísceras (órgãos internos). Isso é
vantajoso, pois distrai os predadores e lhe dá tempo de escapar.
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