Biodiversidade
Biodiversidade nada mais é do que a diversidade,
ou a variedade, de formas de vida no planeta. Ou seja, biodiversidade é a diversidade
de espécies, genes, variedades, ecossistemas,
gêneros e famílias, enfim, a variedade da
natureza viva.
Na
“Convenção da Diversidade Biológica” apresentada na Eco92,
biodiversidade é definida como “a
variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e
os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade
dentro de espécies, entre espécies e ecossistemas” (Artigo 2).
A ideia
da diversidade das espécies surgiu com a junção da taxonomia
e da biogeografia. A segunda é uma ciência que se
ocupa da localização geográfica da ocorrência das espécies, e a primeira, do
estudo, descrição e classificação de novas espécies, a Taxonomia. Na verdade,
antes da taxonomia surgir como ciência, havia os estudiosos que eram chamados
de “naturalistas”. Dentre eles estavam, inclusive, alguns filósofos como Aristóteles e Plínio. Mas, foi só a partir do século XVIII,
quando Lineu criou um sistema de classificação de espécies que formaria a base
do sistema atual, que o estudo das espécies começou a se tornar um ramo
distinto das outras ciências trazendo a ideia da “diversidade da vida” no
planeta. Ou, biodiversidade.
Entretanto,
o termo biodiversidade só ganharia mais importância a partir de 1988 quando o ecólogo
de Harvard, Edward Wilson publicou um livro onde trazia o termo utilizado em
uma convenção nos EUA.
A
biodiversidade é o que garante o equilíbrio dos ecossistemas e, por tabela, do
mundo todo. Os danos causados à biodiversidade não afetam somente as espécies
que habitam determinado local, mas, todas as outras e o próprio ambiente uma
vez que afeta a fina rede de relações entre as espécies e entre estas e o meio
em que vivem.
Para
tentar preservar toda a riqueza de vida do planeta é necessário conhecer os
diversos mecanismos ligados à sua preservação e, principalmente, não
interferir. A principal ameaça à biodiversidade do planeta é justamente a ação
humana através de desmatamentos, queimadas e alterações antrópicas no clima e nos
ecossistemas. Podemos citar como exemplo, a intervenção humana nas Ilhas de
Fernando de Noronha, onde foi introduzida uma espécie de lagarto, o teju, para
que se alimentasse dos roedores que infestaram a ilha por causa dos navios que
ali aportavam. Entretanto, o teju preferiu se alimentar de ovos das aves e
tartarugas que se reproduzem no local pondo em risco a biodiversidade do arquipélago e se tornando uma praga.
Mas o
pior é que por causa dos desmatamentos e queimadas diversas espécies são
extintas antes mesmo de poderem ser estudadas ou de que alguma ação seja tomada
para se tentar preservá-las.
Por ano
são descobertas em média cerca de 13.000 novas espécies e estima-se que existam
cerca de 1,7 milhões de espécies conhecidas no planeta. Mas, esses números são
ainda muito distantes do que pode existir na realidade, pois não existe nenhuma
lista geral de espécies e mesmo com todos os esforços, a classificação e estudo
das diversas espécies do planeta é quase uma corrida contra o tempo, antes que
o homem termine por destruir o que ainda nem foi conhecido.
Os
principais refúgios da biodiversidade brasileira são a Floresta Amazônica e Mata Atlântica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário